O Dia da Cultura Ayahuasqueira, comemorado em 24 de novembro, é uma data que transcende o calendário, simbolizando a riqueza, a diversidade e a resistência das comunidades que mantêm viva a tradição da Ayahuasca.
Instituída no estado do Acre pela Lei Estadual n° 3.399/18, essa celebração reconhece a importância histórica e espiritual dessa prática ancestral, unindo passado, presente e futuro em uma só homenagem.
A Pluralidade da Ayahuasca
Yajé: Nome usado por comunidades indígenas da Colômbia e outros países amazônicos. Está associado ao uso tradicional da Ayahuasca como medicina e veículo espiritual.
Caapi: Termo comum em línguas indígenas, especialmente em áreas do Brasil, como o povo Kaxinawá, referindo-se ao cipó Banisteriopsis caapi, um dos principais componentes da Ayahuasca.
Kamalampi: Nome utilizado por algumas comunidades amazônicas para descrever a bebida ou a experiência espiritual que ela proporciona.
Nixi Pã: Em língua Huni Kuin (ou Kaxinawá), "Nixi Pã" é a expressão usada para a Ayahuasca, traduzida como "vinho da alma" ou "vinho das visões".
Daime: Nome popularizado no Brasil, especialmente dentro do contexto do Santo Daime, uma tradição religiosa que incorpora o uso ritual da Ayahuasca.
Kamarampi: Nome tradicionalmente utilizado pelos povos Shipibo-Konibo, do Peru, para designar a Ayahuasca. Muitas vezes, está relacionado ao conceito de "purga" ou limpeza espiritual.
Hoasca: Uma variação do nome Ayahuasca, usada em contextos mais amplos no Brasil, muitas vezes associada a estudos científicos ou a regulamentações legais.
Esses nomes refletem a riqueza cultural e espiritual das diversas tradições que utilizam a Ayahuasca, mostrando como essa bebida é vista sob diferentes perspectivas e com distintos propósitos.
Ela é respeitada como uma ferramenta de conexão espiritual, autoconhecimento e cura.
O Começo de Uma Jornada
O reconhecimento oficial do Dia da Cultura Ayahuasqueira tem suas raízes na assinatura da Carta de Princípios para o uso da Ayahuasca perante a sociedade e o Governo Federal, em 24 de novembro de 1991. Esse marco histórico trouxe à tona a necessidade de regulamentação e proteção dessa prática, garantindo que ela fosse respeitada enquanto patrimônio cultural imaterial.
Foi um passo importante para que diferentes comunidades, como as indígenas, caboclas e as ligadas a movimentos como o Santo Daime e a União do Vegetal, pudessem continuar suas práticas com liberdade e respeito. Esse dia simboliza a luta por reconhecimento e a celebração de uma tradição viva, que pulsa no coração da floresta e nas almas daqueles que a vivenciam.
A Missão da Gotas de Luz Eco
No coração dessa rica tapeçaria cultural, a Gotas de Luz Eco se posiciona como uma guardiã e propagadora da tradição ayahuasqueira. Nossa prática de microdosagem é uma ponte entre os saberes ancestrais e as necessidades do mundo moderno.
Mantemos viva a luz da Ayahuasca, respeitando o passado, impactando o presente e inspirando o futuro.
O Futuro da Cultura Ayahuasqueira
O Dia da Cultura Ayahuasqueira é mais do que uma comemoração; é um convite à reflexão. Como podemos contribuir para a preservação desse patrimônio? Como integrar os ensinamentos da Ayahuasca em nossas vidas e comunidades?
Que esse dia inspire respeito, conexão e a vontade de proteger e valorizar a herança que nos foi confiada.
Hoje, celebramos não apenas uma cultura, mas uma jornada de transformação, cura e autoconhecimento que une gerações e transcende fronteiras. Que a luz da Ayahuasca continue a iluminar nossos caminhos e a nutrir a cultura ayahuasqueira em todos os seus aspectos.
Com gratidão e respeito,
Gotas de Luz Eco
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